quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Modelo de Exercícios para Idosos


O esforço causado pelo exercício físico pode ser dividido em dois sectores: esforço estático e esforço dinâmico.
O estático, é, por exemplo, a atividade típica de halterofilismo. Nume (1995, p: 28 e 29) observou que há uma grande variação da pressão arterial nesse tipo de exercício. “Inicialmente, em resultado de fenómenos vasomotores antes da alteração do débito cardíaco, há durante alguns segundos um período de grandes oscilações, depois a pressão sobe rapidamente até atingir um limite, e desce bruscamente abaixo do seu valor normal (…) a razão está na desblocagem brusca do tórax no fim do esforço, que produz a diminuição súbita de pressão”.  
O esforço dinâmico decorre de atividades com longas repetições, aeróbicas e com longa duração. Ocorre, por exemplo, nos exercícios de marcha, corrida, ciclismo, natação, entre outros. Estes exercícios provocam alterações na pressão arterial, mas segundo Nunes (1995, pag: 30) “após a paragem do esforço [dinâmico], estas pressões descem progressivamente” e “o débito sanguíneo cerebral não varia no decurso da atividade física”. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Os efeitos psicológicos positivos do exercíco físico


Para além dos benefícios físicos que o exercício pode proporcionar, é de salientar a importância do exercício físico no universo psicológico do idoso.
A prática constante de exercício físico, devidamente acompanhado, desencadeia reações positivas na vida do idoso, influenciando o seu bem-estar psicológico.
Conforme menciona Ezuerra, Idoate e Barrero (2003, p:35) isso “deve-se à libertação de algumas substâncias chamadas endorfinas, cujo efeito sobre o cérebro é idêntico aos opiáceos (morfina e heroína). Por isso, atuam como analgésicos naturais e melhoram a ansiedade e relaxam a mente (…) e melhoram os sintomas da depressão. Assim a prática do exercício físico desenvolve, na pessoa, uma acentuada alteração no estado de espírito, provocando um bem-estar e melhor capacidade de socialização”.   

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Um viver saudável e um envelhecimento bem-sucedido


Para Barata e altri (1997, p: 233) “no que concerne à saúde, parece não existir dúvidas quanto aos benefícios biopsicossociais inerentes a uma prática regular de uma atividade física”
Entende-se que o exercício físico tem uma grande repercussão na vida do geronte e, se for bem estruturado, regular e acompanhado, pode trazer grandes benefícios a todos os níveis, promovendo assim um viver saudável e um envelhecimento bem-sucedido.
É de salientar que todos os autores mencionados são unânimes em informar que o exercício físico tem um valor considerável na promoção da saúde, no combate ou prevenção das mais diversas doenças quer de ordem física ou psicossomática, promovendo também o bem-estar psicossocial. Desta forma concluímos que o idoso que tem um corpo sadio terá mais condições de manter uma mente sadia, elevando assim a sua qualidade de vida: “corpo são em mente sã”, como alguém já alguma vez salientou. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O exercício físico como anti depressivo


Resultado de imagem para exercício anti depressivoO exercício físico também pode ser visto como um elemento de grande importância para prevenir a depressão, aumentar a auto-estima e promover a integração social. Como salientou Presles e Solano (2008 p:15) o exercício é um agente muito útil no que se refere “ao combate ao stress”.
Seria fundamental atender ao conselho de Marriott (2009 p: 15) no que se refere ao exercitar-se: “dedique 30 minutos diários a uma actividade moderadamente intensa para desencadear um bem-estar natural; parece libertar o químico feniletilamnina, uma espécie de anfetamina que melhora o humor e os níveis de energia”.
A prática contínua de um modelo de exercício físico tem sido largamente difundida na nossa sociedade.  Diversos estudos, e muitos deles já publicados neste blog mostram que a prática constante de exercício físico ajuda a combater o stress crónico.  O exercício físico também ajuda a melhorar a concentração e aumenta a capacidade cognitiva devido a uma melhor irrigação sanguínea do cérebro. 


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O tónico das funções cognitivas


Costa (1998 p:18) classifica o idoso ativo como “o velho não comprometido psicologicamente”. Alguém que está desejoso de viver “toda a sua plenitude”. E o desejo de viver inclui explicitamente a necessidade de “mover-se” para a saúde e consequentemente para a vida. Os benefícios do exercício físico também são importantes no desenvolvimento cognitivo do geronte. Não se descobriu ainda uma intervenção eficaz que resultará no retardamento das perdas das funções de aprendizagem no idoso, mas a investigação de Bullitt, Katz e Bonito (2008) apontam para o exercício físico como agente fundamental na irrigação sanguínea do cérebro, mesmo nos vasos mais finos, desencadeando assim um maior rendimento cognitivo, comparado com idosos sedentários. Segundo esta linha de pensamento o exercício físico periódico atua como chave primordial que retarda as causas do envelhecimento, principalmente no que se refere às funções cognitivas. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Relação entre os Hábitos Saudáveis e a Longevidade

Por Manuel Ferro

Fonte: Revista Saúde e Lar 

Relação entre os hábitos saudáveis e a longevidade
Taxa de morte ajustada aos hábitos saudáveis
Homens
Mulheres
Nº de hábitos saudáveis praticados
% de mortes em 9 anos
Nº de hábitos saudáveis praticados
% de mortes em 9 anos
7
5,5
7
5,3
6
11,0
6
7,7
5
13,4
5
8,2
4
14,1
4
10,8
0-3
20,0
0-3
12,3

Nesse estudo foi avaliado o impacto que tinha a quantidade de hábitos de saúde praticados pelos inquiridos sobre a sua longevidade. Ao fim dos nove anos que durou o estudo, ficou clara a relação direta existente entre a quantidade de hábitos positivos praticados e a longevidade de cada pessoa.5 Os resultados são mostrados no gráfico a seguir.

É interessante salientar que apenas cerca de 5% dos homens e mulheres analisados que usavam os 7 hábitos saudáveis, morreram ao longo dos nove anos, em comparação com os que praticavam três ou menos (12,3 e 20%).
Um outro aspeto deste problema tem a ver com a diferença entre as idades cronológica e a idade fisiológica. Este é um conceito não muito vulgarizado, mas que tem muita importância, ao estudarmos o tema da longevidade. Em resumo, podemos dizer que os fatores do estilo de vida que afetam a saúde (para bem ou para mal) alteram a idade do nosso organismo. Um estudo realizado6 revela que essa diferença pode ser muito grande. No quadro seguinte temos as conclusões do estudo que mencionámos.
a
Isto significa, por exemplo, que uma pessoa de 40 anos que pratique dois hábitos saudáveis ou menos, tem uma idade cronológica de 40 anos, mas, fisiologicamente, tem 59. Quer dizer, a sua expectativa de vida é reduzida em 19 anos e o seu organismo irá reagir como o de uma pessoa de 59 anos, perante os ataques dos vírus e bactérias. Se mantiver o seu estilo de vida por mais 10 anos, a sua idade fisiológica será de 50 mais 22, ou seja, terá fisiologicamente, 72 anos. Em dez anos perdeu mais três, e o seu organismo terá uma capacidade de reação e de resistência à doença de uma pessoa de 72 anos. Surpreendente, não é verdade? Mas o inverso também é verdade.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O tratamento preventivo natural contra o cancro


Como é do conhecimento comum, a cura para o cancro, ainda não foi encontrada. Porém, muitos investigadores como Garberoglio, Solomon, Senthil, Reeves, Rivera, Kazanjian, Srikuerja Lewis, Walter, todos associados ao Cancer Center de Loma Linda University (Califórnia) apoiam que a boa prática de exercício físico constante é a base da medicina preventiva.
Segundo a agência Eurocancer, as pessoas fisicamente ativas têm o risco de cancro do cólon reduzido, entre os 20% a 28%, em comparação às pessoas sedentárias. Eurocancer (2005).
Um relatório desenvolvido pelo HPP Saúde, editado na Revista Caixa Activa revela que o cancro de cólon é a causa de morte mais significativa em Portugal do que em qualquer outro país da União Europeia. Isto pode ser devido ao facto da população portuguesa fazer parte do grupo que apresenta o “maior índice de sedentarismo” da Europa, Camões e Lopes (2008 p: 209). O Ministério da Saúde de Portugal garante que um dos motivos que pode levar o organismo a desenvolver o cancro do cólon é o excesso de peso e o sedentarismo. Ministério da Saúde (2005).
Quanto à relação entre o exercício físico e o cancro, Cicerone (2012, p:8) admite que “o exercício físico poderia diminuir ligeiramente o risco e parece até melhorar a qualidade de vida nos pacientes com cancro prostático que fazem quimioterapia ou radioterapias”. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Combater a Obesidade


Segundo Medeiros e Cavaco (2008, p: 33) num inquérito da Deco-Proteste, 87% dos portugueses  são sedentários”. O exercício físico contínuo recomenda-se para a profilaxia da obesidade que é uma realidade preocupante no grupo de idosos sedentários. Com o avançar dos anos o idoso perde massa muscular e aumenta a massa gorda. Segundo Barata e altri (1997 p:236) isso ocorre principalmente, porque se “ingere mais calorias do que o necessário”.
Ogden, (2004 p:162) postula que “a obesidade tem vindo a ser associada às doenças cardiovasculares, diabetes, traumatismos das articulações, dor nas costas, cancro, hipertensão e mortalidade.” Para além destas patologias, a obesidade também causa distúrbios psicológicos. A autoestima diminui e a autoimagem desvaloriza-se. Ver idosos obesos não se coaduna com a imagem de pessoas elegantes estabelecida pelos padrões socioculturais. Embora haja fatores por esclarecer referentes à obesidade e ao sedentarismo, tais como os fatores genéticos, Ogdem (2004 p:172) defende que “o exercício físico poderá ter efeitos psicológicos benéficos para os obesos, quer em termos de perda de peso, quer simplesmente, fazendo com que se sintam melhor consigo próprios”.  

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Exercício e o Sono

Por Elias Oliveira LimaDiretor médico da Clínica-Nat (Brasil) 
Fonte: Revista Saúde & Lar 


Resultado de imagem para dormir bemCaminhe diariamente. Quem não se movimenta não dorme bem. O sono está ligado à fadiga física. Os  das cidades sofrem de muita fadiga mental, que mantém o cérebro excitado, e não conseguem dormir bem. 
Caminhar todos os dias melhora o organismo todo, enquanto o sedentarismo o deteriora.

Estudos recentes demonstram que os efeitos do exercício físico duram apenas 24 horas no organismo. Portanto, aquelas duas ou três vezes por semana no ginásio não são o ideal. 
Além disso, os computadores dos grandes ginásios registam que os frequentadores que se exercitam todos os dias têm uma rotina mais rígida. O motivo é claro: eles formam um hábito tão constante como dormir, comer e trabalhar. Mas atenção: o melhor exercício é ao ar livre; a musculação praticada sem exercício aeróbico vale pouco.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Viver Mais e sem Sofrer Artrite Reumatóide


Um dos estereótipos que a sociedade ocidental agrega é que ser velho é sofrer de artroses e ter as mãos e dedos deformados. Se procurarmos, no motor de busca do Google, por “mãos de idosos” encontraremos uma infinidade de mãos com artroses. Entretanto, ser velho, não significa estar deformado. 
No processo de envelhecimento temos duas opções: “transformar ou deformar”, como sempre salientou o nosso diretor de curso, Doutor Joaquim Marujo.
Sharp (2003 p:18) aconselha que “o exercício suave evita a inflamação, os exercícios ativos e regulares podem ser úteis” para aliviar as dores provocadas pelos variados tipos de inflamações das artrites e até evitar o surgimento das mesmas. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Saúde do Coração do Idoso


Nunes (1995, p: 27) sustenta que o exercício físico “regular e moderado provoca alterações benéficas importantes na função cardíaca”. Pesquisas realizadas na Universidade de São Paulo, mostram que num grupo de 40 pessoas idosas sedentárias, 20 idosos passaram a ter uma prática de exercício físico semanal de 4 vezes e outros 20 idosos continuaram sedentários. Durante cinco meses as modificações nas análises foram consideráveis. “As modificações no HDL-colesterol total foram de 9,3%; HDL2-colesterol, 21,6%, e, 39,9% para a relação HDL2-colesterol/HDL3-colesterol”, Prado e Dantas (2002 p: 245). Este estudo salienta a eficácia do exercício físico para reduzir os níveis do colesterol, evitando assim doenças cardiovasculares.

Para Barata e altri (1997 p: 240) “nos doentes coronários assume uma importância fundamental o condicionamento cardiorrespiratório que é obtido predominantemente através de esforços dinâmicos ou isotónicos.” Gupta (2009 p: 77) informa que “levantar pesos, caminhar, andar de bicicleta e correr podem ajudar o coração e os pulmões.” Assim, pode-se entender a importância que um conjunto de exercícios devidamente desempenhados, poderão promover na saúde do coração. 

domingo, 4 de novembro de 2012

A Síndrome Sarcopénica e as Quedas


O Dictionary.com define a síndrome sarcopénica como “uma condição de perda da massa muscular e da  física relacionada com a idade”. Thiebauld e Sprumont (2009, p:29) apresentam as investigações de Aniasson, Grimby, Lexell, Fiatarone, Evens, entre outros, para afirmar que “100% dos idosos são afetados por ela.”
De acordo com Barata e altri (1997 p:228) o exercício físico está associado ao aumento da força muscular e à preservação do bom desempenho da motricidade, evitando assim as quedas dos idosos que podem levar à morte. Segundo Giles (2005 p: 45) o exercício físico pode “contribuir para a redução da fratura do fémur até 50%”.
Em consonância com essa afirmação Matsudo & Matsudo (1993 p:118) informam que o exercício físico tem uma influência positiva sobre o corpo do idoso e contribui visivelmente para fortalecer os músculos. Assim, como salienta Thiebauld e Sprumont (2009, p:29) “a síndroma da atrofia da musculatura, pode ser mascarada na pessoa idosa pela manutenção da massa corporal” para evitar quedas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Actividade física regular ajuda idosos a reduzir riscos de demência


Resultado de imagem para exercises for elderlyUm estudo publicado numa revista da Associação Americana do Coração, liderado ela investigadora portuguesa Ana Verdelho, concluiu que a Actividade física regular pode ajudar os idosos a reduzir os riscos de ficarem dementes. A investigação apurou que os idosos, sem doenças, que praticam regularmente uma actividade física reduzem o seu risco de demência de origem vascular em 40% e em 60% o de comprometimento cognitivo de qualquer etiologia.

O efeito protector de uma regular actividade física manteve-se, independentemente da idade, educação, alterações na massa branca do cérebro e do historial de acidente vascular cerebral ou diabetes, segundo os investigadores, liderados por Verdelho. A conclusão é baseada num estudo europeu prospectivo multinacional que incluiu avaliações cognitivas durante três anos.
Os resultados apontam para uma evidência cada vez maior de que a actividade física regular promove a saúde cerebral, afirmam os autores do estudo. "Recomendamos fortemente uma actividade física de intensidade moderada e durante pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, para evitar o prejuízo cognitivo", disse Ana Verdelho, investigadora na área das neurociências no Hospital Santa Maria, em Lisboa.
A medida reveste-se de particular importância para pessoas com factores de risco vascular como hipertensão, acidentes vasculares cerebrais e diabetes.
A investigação abrangeu 639 pessoas com idades entre os 60 e os 70 anos, dos quais 55% eram mulheres. Dos inquiridos, 64% afirmaram-se activos pelo menos durante 30 minutos por dia, três dias por semana. A actividade incluía ginásios, caminhadas e bicicleta.

Para ler a investigação na íntegra, por favor clique aqui.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fatores que afetam a saúde

Por Manuel Ferro

Se perguntássemos às pessoas na rua quais são os fatores que elas acham que mais determinam a sua qualidade de vida e quanto tempo vão viver, muitas das respostas que obteríamos apontariam os traços herdados (a hereditariedade, os fatores genéticos) como número um. É vulgar ouvirmos as pessoas dizerem, referindo-se aos seus problemas de saúde: “Eu tenho este problema, mas o meu avô já o tinha, o meu pai também, e a minha tia…” E é certo que, nalguns casos, recebemos dos nossos ancestrais uma “herança” genética já algo debilitada e alterada (eu diria mesmo, estragada), o que nos predispõe para certas doenças.

Mas a verdade é que, para a grande maioria de nós, a nossa saúde depende de outros dois fatores: 1) daquilo que metemos no nosso corpo, e 2) do que fazemos com o nosso corpo. Ou seja, depende do nosso “estilo de vida”. Se é certo que não podemos mudar a nossa herança genética (embora hoje a engenharia genética já tente fazer “arranjos” no maltratado ADN que alguns de nós recebemos), não é menos certo que podemos mudar o nosso estilo de vida. As escolhas que fazemos no nosso dia-a-dia, no nosso estilo de vida, podem prevenir ou potenciar o desenvolvimento de doenças para as quais teremos (hipoteticamente) uma predisposição genética. Alguém dizia, com muito acerto: “A genética estragada carrega a arma, o estilo de vida puxa o gatilho.”

Fonte: Revista Saúde & Lar Setembro de 2012 nº 779

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O consumo de Oxigénio e a Capacidade Funcional do Idoso


Resultado de imagem para idoso respirando ar puroNo processo do envelhecimento há a diminuição das capacidades físicas do indivíduo, principalmente a capacidade aeróbica. Segundo Silva (2006, p: 31), este processo é causado pelo “declínio gradual do consumo máximo de oxigénio” mais conhecido como “VO2 max”. Entretanto a diminuição do “VO2max” pode ser causada por vários motivos tais como; doença, vida social ou sedentarismo. Bortz (2001 p: 45). Quanto mais o geronte se movimentar, mais retoma o seu “VO2max” promovendo assim a saúde e combatendo de uma forma saudável os efeitos naturais do envelhecimento.
A retoma deste fator é gradual e não se pode esperar por uma mudança de um dia para o outro. A persistência é um fator necessário. Daí a necessidade de um exercício físico  planeado e metódico como sugeriu Ogden (2004) a começar o quanto mais cedo possível. Esta afirmação está em harmonia com a investigação de Gupta (2009 p: 77) onde foi concluído que “os idosos sedentários que se submeteram a um programa semestral de exercício, como caminhada ou corrida, ciclismo e alongamentos, foram capazes de melhorar a eficácia no envio de oxigénio para os músculos até níveis próximos aos de pessoas na casa dos 20 e 30 anos.”

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Segredo da Longevidade com Saúde


A revista National Geographic de Janeiro de 2006 apresenta um artigo sobre a longevidade de diversos povos entre eles um grupo de aldeões de Okinawa, da Sardenha, e um grupo cristãos Adventistas do 7º Dia da cidade de Loma Linda, Califórnia, como campeões de longevidade. Entre eles destacam-se idosos de 103 a 112 anos que ainda conduzem, fazem caminhadas e andam de bicicleta diariamente. Um dos aspetos indicados é o facto de estas pessoas participarem ativamente de ações denominadas, como “boas práticas”, das quais mencionam o exercício físico e consequentemente uma alimentação saudável. Buettner (2006 p: 9).

A relação entre o exercício físico e a longevidade parece estar intrinsecamente ligadas entre si e encontra apoio em muitos investigadores. Para Barata e altri (1997 p:233) “a longevidade é um conceito que é influenciado pelo exercício, pelos níveis de condição física e por outros comportamentos que constituem o estilo de vida do indivíduo”. Em concordância com esta afirmação Sardinha (1999 p: 48) sugere que “ o principal benefício de uma vida ativa está associado à redução da morte prematura.” 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Exercício Físico e a Tonicidade do Geronte


Inúmeros investigadores, já escreveram sobre o exercício físico não só como elemento curativo mas também preventivo. Com o passar do tempo o idoso começa a perder capacidades no plano físico, psíquico e cognitivo. É a evolução do processo da “retrogénese psicomotora”, como salientou Fonseca (1998 p:8). É preciso uma intervenção sábia e adequada. O exercício físico poderá ajudar grandemente para que o idoso mantenha o tónus muscular em condições favoráveis ao bom desempenho de suas funções. Monteiro (2008 p:7) realça o exercício físico como um dos fatores essenciais na vida do idoso quando esse está ligado ao processo do envelhecimento. “Envelhecer é verbo, ação, continuidade”.

Segundo Fonseca (2007) é na tonicidade ou a partir dela que se desenvolve todo o nosso contacto com o mundo exterior. A tonicidade está diretamente ligada não somente com o nosso corpo físico como também com as nossas funções psicossomáticas. Desta forma pode-se dizer que os benefícios do exercício físico englobam o indivíduo na sua totalidade. Para Barata (1977 p:228) “a diminuição da força nos idosos não é apenas devido à diminuição da massa muscular, mas também à perda de inervação motora”.  

Para Veríssimo (1991 p:121): “À medida que a idade aumenta tornam-se mais frequentes as doenças crónicas e as intercorrências agudas, sendo várias as situações em que o exercício físico regular parece ter um efeito positivo”. 

domingo, 21 de outubro de 2012

Osteoporose e o Exercício Físico


Embora entendamos que envelhecimento não seja sinónimo de doença, Thiebauld e Sprumont (2009, p:41) postulam que “a senescência é caracterizada pela perda de tecido ósseo que fragiliza o esqueleto”. 
Para Vieira (2009, p: 152) a inatividade física, para além de outros fatores apresenta uma grande contribuição para o aparecimento da osteoporose. 
Barata e altri (1997 p: 229) enfatizam que os idosos ativos têm uma diminuição, menos acentuada, de massa óssea.
Lexell, Robertson, at al (apud Thiebauld e Sprumont 2009, p:36) revelam que “a prática de exercício físico é salutar porque permite conservar a densidade óssea e retardar a perda de fosfato de cálcio”.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Exercício Físico: uma necessidade vital


A partir do séc. XIX iniciou-se nos E.U.A a reforma da saúde. Um dos livros mais antigos deste período é uma pequena obra intitulada Healthful Living da autora Ellen G. White editado em 1897. Este livro realça a  da atividade física para a saúde do indivíduo. Em 1900 a mesma autora escreve um livro mais abrangente intitulado Ministry of Healing, que foi traduzido para o português sob o título “A Ciência do Bom Viver”. Este livro mostra a necessidade do exercício físico para um viver saudável. Esta autora que viveu numa época em que as pessoas habitavam em casas sombrias sem uma boa circulação do ar, teve a ousadia de desafiar os médicos da época ao escrever: “o exercício ao ar livre devia ser prescrito como necessidade vital”. White (2004 p: 265).
A Associação Portuguesa de Medicina Preventiva em parceria com a Associação Internacional de Temperança apoiam o conceito de Ellen G. White que por sua vez classifica o exercício físico com um dos oito remédios naturais para “aumentar a nossa qualidade de vida e contribuir para a recuperação da saúde” Ferreira (2004 p: 2). Já aqui vemos o exercício físico atuando como um fator preventivo e curativo.
A importância do exercício físico nunca foi tão abordada, como nos nossos dias. Praticamente quase todos os tabus já foram investigados e fazem parte da história.  

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Caminhar para um viver mais e melhor


"Há bastante indícios de que um par de tenis bem usados aumenta as suas capacidades mentais. O exercício mantém o fluxo de sangue no cérebro e promove ligações entre as células nervosas. O estudo da Universidade de Pittsbugh concluiu que, quando as pessoas de idade caminham 9 a 15km por semana, são menos suscetíveis ao declínio mental. Outros estudos segerem 15 minutos de caminhada por dia para fazer a diferença. 
Uma investigação sueca publicada em 2005 na Lancet Neurology concluiu que meia hora de caminhada na meia-idade, duas vezes por semana, reduz significativamente o risco de Alzheimer mais tarde na vida". 

Fonte: Seleções Reader's Digest - Outubro de 2012




domingo, 7 de outubro de 2012

O Turismo das Emoções


Quando aludimos sobre a importância de trabalhar as emoções no idoso através das opções de turismo   estamos a falar num modelo de intervenção que não somente acrescenta dias à vida mas que acrescenta acima de tudo vida aos dias. A esse modelo de turismo, passo a chamar de Turismo das Emoções.

Para Bomfim (2011, pw) “Quanto maior for a intensidade da emoção, tanto maior será a tendência de que sua influência seja sentida em nossas atitudes, crenças e relacionamentos.” Como bem frisou Darwin (2006, p:193) “Devido à estimulação do prazer, a circulação torna-se mais rápida, os olhos brilham mais e o rosto adquire umas cores mais vivas. Ao ser estimulado por um aumento do fluxo sanguíneo o cérebro reativa as capacidades intelectuais, as ideias fervilham na mente com mais nitidez e avivam-se os afetos.” 

Desta forma, o turismo das emoções deve estar centrado na pessoa. Como sugeriu Vieira (2007, p:17) o que define o turismo são as pessoas e não os recursos, só existindo turismo se houver essa vivência emocional, no local onde ela se pode viver”.

Mas o próprio planeamento de uma viagem ou excursão está cheio de momentos de prazer. Mesmo que o evento não venha a acontecer, o próprio folhear das brochuras já é uma viagem através das emoções. Como postula Tocquer e Zins (2004, p:117) “as brochuras, os guias e os desdobráveis são uma fonte de informação”. Entretanto, arriscar-me-ia em dizer que as brochuras são fontes para desencadear emoções. Os olhos vêm e o coração sonha. Assim, o Gerontólogo que se empenha no turismo como uma oportunidade de intervenção é um vendedor de sonhos.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Saúde Emocional


Segundo Neufeld (2011, p: 6) “As emoções positivas podem trazer um sentimento de satisfação e bem-estar; as negativas tendem a provocar dor e angústia. Embora as primeiras possam promover saúde mental, uma exposição prolongada às emoções negativas pode provocar problemas comportamentais e relacionais. Assim, as emoções podem desempenhar uma parte importante em nosso bem-estar global”. A Afirmação de Neufeld vem de encontro com a orientação do sábio Salomão que escreveu: " O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos". Provérbios 17:22

Nas suas investigações, Martin & Boeck (1999, p:32) entenderam que “As emoções são mecanismos que nos ajudam das seguintes formas:

*  "Reagir com rapidez perante acontecimentos inesperados";
*  "Tomar decisões com prontidão e segurança";
*  "Comunicar de forma não-verbal com outras pessoas.”

Para Bomfim (2011, pw) “Quanto maior for a intensidade da emoção, tanto maior será a tendência de que sua influência seja sentida em nossas atitudes, crenças e relacionamentos.”

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Humanitude


De acordo com Boris Gineste e Pellissier (2008, p:17 e 18), o Homem nasce duas vezes: Hominídeo: “marcado pela extrema vulnerabilidade. Incapaz de perceber o seu meio envolvente e de se proteger; medo de morrer ou  ser abandonado”, etc. A outra forma o homem nasce, segundo os autores já mencionados é o homem Humano: “quando entra para a sociedade do Homem (…) quando entra numa rede de trocas e de estimulações que irão levar a desenvolver as características da humanidade.” Gineste e Pellisier (2007,p:30) salientam ainda que “(…) somos constantemente seres comovedores e comovidos, seres de emoções”. Esse conceito é interessante pois faz-nos pensar que podemos sempre desenvolver mais humanidade e compaixão com as pessoas do nosso raio de ação e com pessoas com as quais trocamos experiências ao longo do dia.