quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Saúde e o Meio Ambiente


O conceito de saúde tem vindo a sofrer alterações com o passar do tempo, dos costumes e das ideias. Chaves (2009, p:29) defende que “saúde é um estado dinâmico, um equilíbrio biológico e ecológico, é um bem-estar físico, mental e social”. Assim, a preservação do ambiente está relacionada diretamente com a nossa saúde. A preservação ou deterioração do meio local em que a pessoa está inserida traz reflexos megalómanos numa escala global. Daí a ligação intima entre a saúde e o meio ambiente, entre a ação local do Homem no ambiente e o reflexo global, alterando o ecossistema e consequentemente a saúde do planeta que reflete imediatamente na saúde da humanidade.

A poluição do ar e da água, a contaminação do solo, a presença de novos e temíveis agentes causadores de doença, apontam para a intervenção irresponsável do Homem no meio ambiente. Como admite Handysides e Kuntaraf (2010 p:40) “À medida que mais e mais países procuram desenvolver-se, e à medida que os países desenvolvidos procuram continuar a manter o seu nível (padrão) de vida, poderão ser tremendos os desafios para a saúde que a humanidade enfrenta por causa dos danos causados ao ambiente”. 

A afirmação de Handysides e Kuntaraf apontam para a relevância da gerontoloecologia. Teremos melhor qualidade de vida se vivermos num ambiente  saudável. Daí a necessidade urgente da preservação do meio em que vivemos. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Homem como agente da sua própria saúde


Os estudos de Ogden (2004, p:129) levaram-no a concluir que a aprendizagem social pode ser uma ferramenta de grande utilidade na promoção da saúde pois “os comportamentos de dependência podem ser desaprendidos, não são irreversíveis”. Isso reforça o conceito de Carvalho & Carvalho (2009) sobre a importância da educação para a saúde.  

Um exemplo de educação pela consciencialização está no conceito desenvolvido por Paulo Freire. O modelo de educação criado por Freire encaminha o Homem à reflexão e à tomada de consciência. Esse princípio pode ser aplicado para uma educação global onde a pessoa se questiona a si própria sobre os caminhos que está a tomar, as decisões que faz e como isso influencia a sua saúde e como a suas atitudes contribuem para a preservação ou deterioração do meio em que vive. 

Assim, como sugere Carvalho & Carvalho (2009), o Homem deixa de ser apenas um recetáculo de informação para ser “o agente da sua própria educação e das suas ações”, no grande plano da promoção da saúde através da sua “enorme influência das condições ambientas”, como tão claramente encontramos no texto em análise.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Educação Ambiental e a Gerontoecologia


A educação ambiental é um dos fatores mais importantes no âmbito da preservação do ambiente e da promoção da saúde. Como sugere a Carta de Ottawa (1986) um dos elementos essenciais, entre outros, é um “ecossistema estável”. Para Gaudiano (2005, p:61) a “preocupação da conservação recupera a componente verde do ambiente; isto é, põe um empenho maior em problemas ambientais relacionados com as questões ecológicas”. Se os habitats naturais são preservados, consequentemente estaremos a conservar toda uma estrutura do mundo animal quer em grande escala que os micro organismos. Uma vez que toda a cadeia ambiental precisa estar em harmonia para que sejam garantidas todas as condições ambientais necessárias. 
Mussarela e Jacquemart (1994, p:194) apontam para a importância da proteção e preservação das áreas verdes e salientam três grandes recursos que são dessa forma protegidos: “O ar, o solo e a água”. Segundo a sua investigação a floresta “limita as variações na temperatura do ar, humidifica-o, depura do gás carbónico, ao mesmo tempo que produz oxigénio” (…) “as produções florestais contribuem para a formação dos solos e lutam contra o seu empobrecimento” e finalmente “ a poluição das terras é atenuada pela presença dos bosques e das florestas, que filtram (…) numerosos poluentes”.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O início da capaticação educacional do idoso


A capacitação educacional do Homem começa já desde muito cedo. Arriscar-me-ia em dizer que essa educação começa não na infância mas no planeamento familiar. É nesse momento que os futuros pais deviam tomar decisões de como estimular os filhos para uma aprendizagem progressiva e positiva em todos os aspetos da vida, principalmente no âmbito da saúde e do ambiente. Collins e Kuczaj (apud Oliveira, 1994, p: 107) sugerem que “muitos estudos concluem que os estilos educativos parentais têm um grande impacto no desenvolvimento psicológico de crianças e adolescentes”. Oliveira (1994 p:137) afirma ainda que no âmbito da ralação familiar, essa “influencia grandemente (…) o comportamento” da criança e consequentemente do adulto. Dessa forma podemos constatar que a capacitação para uma aprendizagem que se desenvolva ao longo da vida tem o seu lugar, não numa sala de aula mas no núcleo familiar.

O conceito de Carvalho & Carvalho parece ser um eco à voz do grande sábio Salomão que escreveu no Livro de Provérbios 22:6 “ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho não se apartará dele”. Aqui estão traçados os alicerces para uma educação que pode ter efeito para toda a vida. Quando o núcleo familiar é disfuncional ou não existe, aí a intervenção parte da sociedade e do meio envolvente, como as instituições.  

Carvalho & Carvalho apresentam ainda o texto da OMS para assegurar que essa busca constante da capacitação não deve somente estar na fase escolar, mas ao longo de toda a vida. Esse conceito de uma educação constante é que habilita o Homem a aparelhar-se “para todos os estágios do seu desenvolvimento e para lutarem contra as doenças crónicas e incapacidades”. Os estágios do desenvolvimento tão salientados por Piaget (apud Pelitti, 2009) são, nomeadamente, a infância, adolescência, adultíce e velhice.