sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Relação entre os Hábitos Saudáveis e a Longevidade

Por Manuel Ferro

Fonte: Revista Saúde e Lar 

Relação entre os hábitos saudáveis e a longevidade
Taxa de morte ajustada aos hábitos saudáveis
Homens
Mulheres
Nº de hábitos saudáveis praticados
% de mortes em 9 anos
Nº de hábitos saudáveis praticados
% de mortes em 9 anos
7
5,5
7
5,3
6
11,0
6
7,7
5
13,4
5
8,2
4
14,1
4
10,8
0-3
20,0
0-3
12,3

Nesse estudo foi avaliado o impacto que tinha a quantidade de hábitos de saúde praticados pelos inquiridos sobre a sua longevidade. Ao fim dos nove anos que durou o estudo, ficou clara a relação direta existente entre a quantidade de hábitos positivos praticados e a longevidade de cada pessoa.5 Os resultados são mostrados no gráfico a seguir.

É interessante salientar que apenas cerca de 5% dos homens e mulheres analisados que usavam os 7 hábitos saudáveis, morreram ao longo dos nove anos, em comparação com os que praticavam três ou menos (12,3 e 20%).
Um outro aspeto deste problema tem a ver com a diferença entre as idades cronológica e a idade fisiológica. Este é um conceito não muito vulgarizado, mas que tem muita importância, ao estudarmos o tema da longevidade. Em resumo, podemos dizer que os fatores do estilo de vida que afetam a saúde (para bem ou para mal) alteram a idade do nosso organismo. Um estudo realizado6 revela que essa diferença pode ser muito grande. No quadro seguinte temos as conclusões do estudo que mencionámos.
a
Isto significa, por exemplo, que uma pessoa de 40 anos que pratique dois hábitos saudáveis ou menos, tem uma idade cronológica de 40 anos, mas, fisiologicamente, tem 59. Quer dizer, a sua expectativa de vida é reduzida em 19 anos e o seu organismo irá reagir como o de uma pessoa de 59 anos, perante os ataques dos vírus e bactérias. Se mantiver o seu estilo de vida por mais 10 anos, a sua idade fisiológica será de 50 mais 22, ou seja, terá fisiologicamente, 72 anos. Em dez anos perdeu mais três, e o seu organismo terá uma capacidade de reação e de resistência à doença de uma pessoa de 72 anos. Surpreendente, não é verdade? Mas o inverso também é verdade.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O tratamento preventivo natural contra o cancro


Como é do conhecimento comum, a cura para o cancro, ainda não foi encontrada. Porém, muitos investigadores como Garberoglio, Solomon, Senthil, Reeves, Rivera, Kazanjian, Srikuerja Lewis, Walter, todos associados ao Cancer Center de Loma Linda University (Califórnia) apoiam que a boa prática de exercício físico constante é a base da medicina preventiva.
Segundo a agência Eurocancer, as pessoas fisicamente ativas têm o risco de cancro do cólon reduzido, entre os 20% a 28%, em comparação às pessoas sedentárias. Eurocancer (2005).
Um relatório desenvolvido pelo HPP Saúde, editado na Revista Caixa Activa revela que o cancro de cólon é a causa de morte mais significativa em Portugal do que em qualquer outro país da União Europeia. Isto pode ser devido ao facto da população portuguesa fazer parte do grupo que apresenta o “maior índice de sedentarismo” da Europa, Camões e Lopes (2008 p: 209). O Ministério da Saúde de Portugal garante que um dos motivos que pode levar o organismo a desenvolver o cancro do cólon é o excesso de peso e o sedentarismo. Ministério da Saúde (2005).
Quanto à relação entre o exercício físico e o cancro, Cicerone (2012, p:8) admite que “o exercício físico poderia diminuir ligeiramente o risco e parece até melhorar a qualidade de vida nos pacientes com cancro prostático que fazem quimioterapia ou radioterapias”. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Combater a Obesidade


Segundo Medeiros e Cavaco (2008, p: 33) num inquérito da Deco-Proteste, 87% dos portugueses  são sedentários”. O exercício físico contínuo recomenda-se para a profilaxia da obesidade que é uma realidade preocupante no grupo de idosos sedentários. Com o avançar dos anos o idoso perde massa muscular e aumenta a massa gorda. Segundo Barata e altri (1997 p:236) isso ocorre principalmente, porque se “ingere mais calorias do que o necessário”.
Ogden, (2004 p:162) postula que “a obesidade tem vindo a ser associada às doenças cardiovasculares, diabetes, traumatismos das articulações, dor nas costas, cancro, hipertensão e mortalidade.” Para além destas patologias, a obesidade também causa distúrbios psicológicos. A autoestima diminui e a autoimagem desvaloriza-se. Ver idosos obesos não se coaduna com a imagem de pessoas elegantes estabelecida pelos padrões socioculturais. Embora haja fatores por esclarecer referentes à obesidade e ao sedentarismo, tais como os fatores genéticos, Ogdem (2004 p:172) defende que “o exercício físico poderá ter efeitos psicológicos benéficos para os obesos, quer em termos de perda de peso, quer simplesmente, fazendo com que se sintam melhor consigo próprios”.  

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Exercício e o Sono

Por Elias Oliveira LimaDiretor médico da Clínica-Nat (Brasil) 
Fonte: Revista Saúde & Lar 


Resultado de imagem para dormir bemCaminhe diariamente. Quem não se movimenta não dorme bem. O sono está ligado à fadiga física. Os  das cidades sofrem de muita fadiga mental, que mantém o cérebro excitado, e não conseguem dormir bem. 
Caminhar todos os dias melhora o organismo todo, enquanto o sedentarismo o deteriora.

Estudos recentes demonstram que os efeitos do exercício físico duram apenas 24 horas no organismo. Portanto, aquelas duas ou três vezes por semana no ginásio não são o ideal. 
Além disso, os computadores dos grandes ginásios registam que os frequentadores que se exercitam todos os dias têm uma rotina mais rígida. O motivo é claro: eles formam um hábito tão constante como dormir, comer e trabalhar. Mas atenção: o melhor exercício é ao ar livre; a musculação praticada sem exercício aeróbico vale pouco.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Viver Mais e sem Sofrer Artrite Reumatóide


Um dos estereótipos que a sociedade ocidental agrega é que ser velho é sofrer de artroses e ter as mãos e dedos deformados. Se procurarmos, no motor de busca do Google, por “mãos de idosos” encontraremos uma infinidade de mãos com artroses. Entretanto, ser velho, não significa estar deformado. 
No processo de envelhecimento temos duas opções: “transformar ou deformar”, como sempre salientou o nosso diretor de curso, Doutor Joaquim Marujo.
Sharp (2003 p:18) aconselha que “o exercício suave evita a inflamação, os exercícios ativos e regulares podem ser úteis” para aliviar as dores provocadas pelos variados tipos de inflamações das artrites e até evitar o surgimento das mesmas. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Saúde do Coração do Idoso


Nunes (1995, p: 27) sustenta que o exercício físico “regular e moderado provoca alterações benéficas importantes na função cardíaca”. Pesquisas realizadas na Universidade de São Paulo, mostram que num grupo de 40 pessoas idosas sedentárias, 20 idosos passaram a ter uma prática de exercício físico semanal de 4 vezes e outros 20 idosos continuaram sedentários. Durante cinco meses as modificações nas análises foram consideráveis. “As modificações no HDL-colesterol total foram de 9,3%; HDL2-colesterol, 21,6%, e, 39,9% para a relação HDL2-colesterol/HDL3-colesterol”, Prado e Dantas (2002 p: 245). Este estudo salienta a eficácia do exercício físico para reduzir os níveis do colesterol, evitando assim doenças cardiovasculares.

Para Barata e altri (1997 p: 240) “nos doentes coronários assume uma importância fundamental o condicionamento cardiorrespiratório que é obtido predominantemente através de esforços dinâmicos ou isotónicos.” Gupta (2009 p: 77) informa que “levantar pesos, caminhar, andar de bicicleta e correr podem ajudar o coração e os pulmões.” Assim, pode-se entender a importância que um conjunto de exercícios devidamente desempenhados, poderão promover na saúde do coração. 

domingo, 4 de novembro de 2012

A Síndrome Sarcopénica e as Quedas


O Dictionary.com define a síndrome sarcopénica como “uma condição de perda da massa muscular e da  física relacionada com a idade”. Thiebauld e Sprumont (2009, p:29) apresentam as investigações de Aniasson, Grimby, Lexell, Fiatarone, Evens, entre outros, para afirmar que “100% dos idosos são afetados por ela.”
De acordo com Barata e altri (1997 p:228) o exercício físico está associado ao aumento da força muscular e à preservação do bom desempenho da motricidade, evitando assim as quedas dos idosos que podem levar à morte. Segundo Giles (2005 p: 45) o exercício físico pode “contribuir para a redução da fratura do fémur até 50%”.
Em consonância com essa afirmação Matsudo & Matsudo (1993 p:118) informam que o exercício físico tem uma influência positiva sobre o corpo do idoso e contribui visivelmente para fortalecer os músculos. Assim, como salienta Thiebauld e Sprumont (2009, p:29) “a síndroma da atrofia da musculatura, pode ser mascarada na pessoa idosa pela manutenção da massa corporal” para evitar quedas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Actividade física regular ajuda idosos a reduzir riscos de demência


Resultado de imagem para exercises for elderlyUm estudo publicado numa revista da Associação Americana do Coração, liderado ela investigadora portuguesa Ana Verdelho, concluiu que a Actividade física regular pode ajudar os idosos a reduzir os riscos de ficarem dementes. A investigação apurou que os idosos, sem doenças, que praticam regularmente uma actividade física reduzem o seu risco de demência de origem vascular em 40% e em 60% o de comprometimento cognitivo de qualquer etiologia.

O efeito protector de uma regular actividade física manteve-se, independentemente da idade, educação, alterações na massa branca do cérebro e do historial de acidente vascular cerebral ou diabetes, segundo os investigadores, liderados por Verdelho. A conclusão é baseada num estudo europeu prospectivo multinacional que incluiu avaliações cognitivas durante três anos.
Os resultados apontam para uma evidência cada vez maior de que a actividade física regular promove a saúde cerebral, afirmam os autores do estudo. "Recomendamos fortemente uma actividade física de intensidade moderada e durante pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, para evitar o prejuízo cognitivo", disse Ana Verdelho, investigadora na área das neurociências no Hospital Santa Maria, em Lisboa.
A medida reveste-se de particular importância para pessoas com factores de risco vascular como hipertensão, acidentes vasculares cerebrais e diabetes.
A investigação abrangeu 639 pessoas com idades entre os 60 e os 70 anos, dos quais 55% eram mulheres. Dos inquiridos, 64% afirmaram-se activos pelo menos durante 30 minutos por dia, três dias por semana. A actividade incluía ginásios, caminhadas e bicicleta.

Para ler a investigação na íntegra, por favor clique aqui.