segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Problema social do envelhecimento - 2ª parte


Por Francisco Canais Rocha

O  problema social do envelhecimento resulta das transformações demográficas  operadas nas últimas décadas nas sociedades mais desenvolvidas, as quais  conduziram a um progressivo aumento da esperança média de vida e a uma acentuada redução da taxa de natalidade. Há cada vez mais idosos e cada vez  menos crianças. E a tendência é para o seu agravamento.
É  óbvio que o aumento da esperança média  de vida é uma das grandes conquistas do século XX e, como tal, deve ser  saudada. Durante muito anos a luta da Humanidade foi por prolongar a vida, «dar  mais anos à vida». Hoje a luta é «dar mais vida aos anos». E tem de ser assim,  porque o aumento da esperança média de vida não se traduziu, no entanto, numa  melhoria da qualidade de vida de idoso.
 A  revolução demográfica, e os problemas económicos e sociais daí decorrentes,  levaram a Assembleia Geral das Nações Unidas a adoptar, em 1991, os Princípios das Nações Unidas em favor das  Pessoas de Idade, subordinados ao lema «Para dar mais vida aos anos que se  juntam à vida». Esses princípios prendem-se com a autonomia, a participação,  os cuidados, a auto-realização e a dignidade  da pessoa idosa.
 A partir de então, os  problemas sociais do envelhecimento passaram a estar na ordem do dia. Mas a  solução dos mesmos não é fácil. E não o é porque a nossa sociedade encontra-se  em completa transformação. Abalada pela droga, corrompida pele dinheiro e com a  família em queda, a sociedade perdeu os valores tradicionais, que eram a base  da sua coesão.

Fonte fiequimetal 

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