domingo, 26 de janeiro de 2014

A dificuldade de mobilidade motora da população portuguesa

Baseado nas informações do Instituto Nacional de Estatística, é possível fazer uma leitura do recenseamento de 2001, e analisar a condição da dificuldade de mobilidade da população portuguesa, especialmente dos idosos, como se vê no quadro que se segue:

Tabela 1 – População total e com deficiência e taxas de deficiência por faixas etárias 
Faixa etária
População
Percentagem da população com deficiência motora
0 a 15 anos
1 656 602
2,2%
16 a 24 anos
1 352 106
3,5%
25 a 54 anos
4 396 336
5,2%
55 a 64 anos
1 121 137
9,5%
64 anos ou mais
1 702 120
12,5%
Pop. residente
10 356 117
6,1%
(Fonte INE Censos 2001, Doc. de trabalho PAIPDI)

Uma análise superficial ao quadro revela a flagrante realidade da população portuguesa no âmbito da imobilidade motora em relação com a faixa etária. O índice de pessoas com deficiência motora aumenta flagrantemente com o aumento da idade. Aponta que 6,1% da população portuguesa residente no continente e ilhas tem deficiência motora, desse grupo 12,5% têm idade igual ou superior a 65 anos, o que mostra que o maior índice de deficiência está na população idosa. Com o envelhecimento da população que será revelado no censo de 2011 é de se esperar que o número de idosos com deficiência tenda a aumentar.
As indicações acima demonstram a necessidade que temos, face aos desafios, em promover acessibilidade a idosos, tendo em vista que 12,5% dessa população tem dificuldade em locomover-se.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Dormir bem: para evitar envelhecimento precoce

Para garantir a saúde e a restauração do vigor físico e mental é necessário dormir bem. A necessidade de descanso é tão real como a necessidade de actividades físicas e mentais para o bom desempenho do organismo. O indivíduo que não descansa as horas necessárias para recompor as energias está tão sujeito a doenças como o indivíduo sedentário.

O sono deve ser obtido através de processos naturais de relaxamento e não por via de calmantes em forma de medicamentos. Segundo Pape e Puzenat (2003) os calmantes “trata-se de medicamentos sintomáticos, que aliviam mas não eliminam a causa, e é por vezes necessário aumentar a dose para manter os mesmos efeitos. Estes factores podem provocar, em certas pessoas verdadeira dependência na sequência de uma utilização prolongada.

Melo (2003) sugere a necessidade de “relaxar o sistema nervoso obtendo-se o descanso natural reparador”. O mesmo autor informa ainda que “o melhor momento para o diencéfalo encontrar a sua liberdade total de acção neurovegetativa é a noite, sono natural, quando o córtex repousa e nenhum pensamento o perturba”.

Seguindo esta linha de pensamento Cordeiro (2010) confirma a necessidade do sono nocturno ao informar que “a melatonina, substância produzida pela glândula pineal, que se localiza no centro do cérebro é sensível à luz que entra pelos olhos, é também muito importante no processo do sono. A secreção aumenta com a escuridão”. Em conformidade com este conceito E.White (apud Handysides, Kuntaraf at al, 2010) salienta que “o sono é muito mais valioso antes do que depois da meia-noite. Duas horas de bom sono antes das doze valem mais do que quatro horas depois das doze”. Se o corpo não se purificar surge um estado de permanente fadiga que muitas vezes leva o indivíduo a patologias que poderiam se evitadas caso o corpo fosse ouvido.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ser Gerontólogo


Estava numa roda de conversa e surguiu o tema  do envelhecimento. Nenhum dos presentes conhecia o termo "gerontologia". Assim tive a oportunidade de informar que o Gerontólogo Social deve ser um agente vendedor de sonhos e um transformador da sociedade. É a criatividade e aptidão que irão dar as directrizes para uma intervenção eficaz no âmbito da gerontologia. Um dos modelos de intervenção será sempre a educação transversal e contínua das camadas mais velhas da população que aumenta de uma forma acelerada, como também é pertinente  ensinar aos mais jovens saber envelhecer. É também o papel do Gerontólogo orientar o idoso na sua contínua caminhada do envelhecimento no que se refere aos seus desafios que encontra na sociedade. Gerontologia também é assegurar ao idoso o direito e o privilégio de manter a sua autonomia e assegurar a dignidade humana, bem com conscientizar os poderes políticos das responsabilidades que surgem numa população que está cada vez mais velha. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Construir o Envelhecimento

De acordo com  Anselm Grun (1)"para um envelhecimento bem-sucedido, são necessárias algumas virtudes. A velhice não vale nada só por si. Por isso , devem ser treinadas certas virtudes, que nos dão um suporte na velhice". O carácter não é obra do acaso. É o fruto de prática de hábitos constantes. Segundo Ellen White (2), “nesse mesmo processo de formação do caráter devemos ser extremamente cautelosos quanto a como construímos, pois outros construirão segundo o modelo que lhes deixamos”. O ano de 2014 trouxe uma nova etapa da nossa vida e continuamos a envelhecer, pois o tempo não pára. Estamos a construir  hoje o idoso que seremos num futuro próximo. Em que base está a construir o seu envelhecimento? Pense nisso!


(1)   )A sublime Arte de Envelhecer, pag 99 
(2)   Mente carácter e Personalidade, pag 357